sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagem de fim de ano


Lembra de quando você era criança e sua maior preocupação era se você ganharia aquela bicicleta no Natal? Ou se você ficaria de castigo quando seus pais vissem o seu boletim? Pois, é. Certas vezes não paramos para pensar o quão boa era nossa época de infância, ou mesmo se temos tempo para fazê-lo.

Uma coisa é certa: cada dia passa de forma contínua e num fluxo torrencial, e neste ponto gostaria de citar as palavras de um sábio que muito influencia a minha vida.

“Não deixe para amanhã, o que pode fazer hoje”, Benjamin Franklin.

Se as estrelas pudessem falar e as lançássemos perguntas sobre o que elas vêem, com toda a certeza elas responderiam diversas coisas belas, entretanto, nenhuma dessas belezas poderia ser comparada à rotina do homem. Rotina a qual todos somos presos. Nascer, viver, amar, talvez casar, procriar, criar os seus descendentes e morrer. Cada rotina interligada, cada ser humano agindo e interferindo na vida de todos os outros de formas muitas vezes diretas ou indiretas. Seres humanos que muitas vezes agem de forma desumana, movidos por cegueira ou ambições.

É difícil dizer o quão belos e o quão feios podemos ser, é difícil dizer o que é certo nessa infinidade de possibilidades e ao passo que, dependendo da perspectiva, cada ação pode significar algo totalmente diferente para determinado indivíduo. Se me permitir lhe dar um conselho: não deixe nunca de sonhar e de amar, são as duas principais essências que movem o ser humano e o fazem agir da melhor forma possível. Seus sonhos valem ouro da mesma forma que você.

P.S.: Perdi o estágio e não consegui passar na universidade que queria, todavia, consegui uma oportunidade de carreira tão boa quanto a anterior e vou voltar a estudar para o vestibular de 2010, ainda não desisti dos meus sonhos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Para Aprender a Gostar de Viver


Certo dia sai do serviço quando começou uma chuva torrencial, o céu estava com tons lúgubres como um cemitério flutuante. Os relâmpagos traziam consigo a água e o terror fazendo algumas nuvens ficarem iluminadas, as quais pareciam tomar a forma de caveiras esbranquiçadas e mortais. Naquele momento, funcionários reuniam-se no piso térreo visualizando a tormenta que não parecia ceder.

Caminhei até o portal, levantando a cabeça lentamente e sorri. Fechei os olhos e corri em direção à água torrencial. Outros funcionários observavam-me perplexos. Virei-me com um movimento lânguido acompanhado com a água escorrendo rente aos olhos, o emaranhado de cabelos pretos desmanchavam-se em minha cabeça. Os rostos com entonação de dúvida miravam-me. Somente pude sorrir e continuar a chutar a água e dançar enquanto aquelas gotículas ganhavam meu corpo e minhas roupas. Aos poucos, outros funcionários reuniram-se a mim e quando me dei por conta, estávamos todos brincando na chuva.

Sorri novamente, fui traçando meu caminho para fora dali. Perguntaram-me aonde eu iria e tudo que pude responder foi:

“Gostar de viver”.

Meus Dias

Cada dia se mostra um verdadeiro desafio. Acordo ás cinco da manhã, tomo banho, café e saio para o cursinho. Já no cursinho são longas cinco horas de estudos intensos vendo fórmulas, datas, conhecendo sistemas políticos, regras gramaticais e afins. Logo após vou direto para o serviço, almoço e converso um pouco com alguns colegas e lá eu passo mais seis horas cadastrando processos, lendo atas, leis e artigos judiciários. Saio do serviço e vou para o colégio, mais cinco horas estudando, sem professores. Aproveito para revisar a matéria do cursinho. Cada dia uma imensa rotina. Exaustiva. Debilitante. Entediante? Devo discordar. É revigorante!

Os dias passam e me sinto mais seguro de mim. Procuro ver o bom lado de tudo, categorizando cada mínimo momento que tenho como uma coisa boa, por mais desafiadora que ela pareça. Minutos se passam, transformam-se em horas, as horas em dias, os dias em anos. Contanto que cada dia seja único a sua maneira rotineira não me trás qualquer tristeza.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Só de pensar...


Tenho pensado muito nisso ultimamente, então resolvi escrever.
Quando você entra no primeiro ano do ensino médio, você se sente mais responsável, mais maduro, mais "adulto", e, para muitos, é um motivo de extrema alegria. Para mim também foi no começo, mas esse sentimento veio junto de outro: insegurança. Por que? Por causa do meu futuro que a partir daquele instante ia assumir uma postura maior.
Eu sabia que por estar em uma escola grande e de renome eu teria dificuldades, mas não tantas como estou tendo, eu sei que têm alunos em piores situações, eu, comparando com eles, estou extremamente bem, mas já estive bem melhor na escola do que estou agora.
O que deu errado então? Empenho não me falta, motivação também não.
Sinceramente não sei o motivo exato dessa mudança, queria realmente saber, mas, enquanto não sei resta somente a insegurança, o medo de errar, de falhar, de desapontar todos a minha volta.
Se no ensino médio está assim, imagine a faculdade? O trabalho? Terei sucessos ou não?
Termino aqui cheia de dúvidas, mas cheia de determinação para achar resposta e soluções.
Meu futuro? Só de pensar...




Obs: Tentarei curso técnico! Torçam por mim!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Luta

“É sexta-feira, o ‘professor’ eventual entrega os trabalhos do segundo bimestre que definiram as médias na última hora, pois o professor de física estava extremamente doente. O curioso é que este fora visto por uma aluna no fim de semana anterior jogando bola e praticando corrida no Parque do Ibirapuera. Ansioso o garoto esperava para ver sua nota, ele havia caprichado por se tratar de um tema que ele, particularmente, achava interessante.

O professor entregou o trabalho com um enorme cinco em vermelho na capa, ainda com a frase ‘qual série e número?’ e o número 39 – o de sua chamada – logo abaixo de seu nome. Ele tinha certeza de tê-los colocado na folha de rosto, aquela que fica logo atrás da capa. Não teve erro, estavam lá. Seu nome, seu número e sua série. Esperou que o ‘professor’ entregasse todos os trabalhos e comparou-o com o de alguns amigos. Todos tiraram nota cinco. Pensou que o ‘professor’ tivera feito isso por ele ser eventual e não entender do assunto e concluiu que ele havia deixado toda a classe com nota cinco para não ter problema. Porém, uma minoria de alunos, aqueles que o ‘professor’ criou um vínculo, uma espécie de relacionamento ao longo do ano, tiraram notas acima de cinco. Começou com um seis, depois foi para um sete, seguiu-se para um oito e um nove e até atingir dez.

O garoto foi até ele perguntar o porquê de seu trabalho ter sido merecedor de um cinco, quando este havia o maior conteúdo, a maior fonte de dados e o único com bibliografia organizada e toda uma avaliação crítica de seu ponto de vista. O ‘professor’ com o ar hipócrita justificou que havia dado nota para quem ele julgou que merecia, sequer havia lido os trabalhos, pois tinha mais o que fazer. O pequeno fato é que este ‘professor’ é o caseiro do colégio, não tem sequer formação superior, o humilhou em frente toda a classe e ainda usou de discriminação. Sequer lera o seu trabalho, que havia feito com todo o cuidado e atenção. Ele lera o conteúdo. Ele sabia a matéria. Por que então merecia um cinco?

Alguns outros alunos também revoltados foram reclamar junto a ele na diretoria, não obtiveram qualquer resposta. Somente um ‘vamos ver o que podemos fazer’. E de que adiantou o seu esforço? Por que se sujeitara àquela escola imunda? Desde o princípio dissera à mãe que não queria estudar lá. Por que as coisas tem de ser assim?”

Eu não aceito um cinco como nota, quando me esforcei para fazer a merda de um trabalho que teve prazo de menos de uma semana, enquanto outros que ficam badernando na sala e que deram CTRL+C/CTRL+V para fazer os seus trabalhos, só por manterem uma conversa com um caseiro hipócrita, tiram suas notas! Eu exijo os meus direitos e não vou descansar enquanto eu não tiver resposta!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Sexo e os Adolescentes


Estava lendo Gossip Gril e fiquei meio preso na questão de Nate com sua virgindade. O que de fato é um tema que acaba afetando a maioria dos adolescentes. A questão da virgindade deve afetar muito mais os meninos que as meninas por ser algo de pré-requisito de sobrevivência em meio aos colegas. O rapaz, para se tornar parte do círculo social dos meninos está louco para ter uma noitada com qualquer membro do sexo feminino, independente de quem seja. As meninas estão mais interessadas em manter a virgindade até encontrar “o cara certo”. Pelo menos é o que eu acho.

Não digo que seja errado uma menina esperar o cara certo. Muito pelo contrário, elas devem fazer isso, ainda mais nos dias de hoje que o sexo se tornou uma coisa banal e cada vez mais os jovens estão participando de orgias ao ar livre. Não é que eu considere sexo um pecado, ele deve, sim, ser valorizado. Ao passo que o seu corpo merece o devido respeito, independentemente de sua orientação ou gostos na cama. Eu, particularmente, abomino sexo casual. Acho que deve ser feito com alguém que se goste minimamente.

Admito, atingi minha maturidade sexual precocemente e não devia tê-lo feito. É triste dizer, mas minha primeira vez não teve nada de excepcional. Nada que fizesse sinos ressoarem em minha cabeça e muito menos foi com alguém especial de verdade, pelo contrário, foi traumática. Se eu pudesse, retrocederia no tempo e esperaria alguns meses, até eu conhecer alguém que valesse a pena. A questão é que os rapazes estão sempre apostando para ver quem é o garanhão, o macho alfa. Ou, muitas vezes, o pai fica naquela pressão do tipo: e aí, já foi? Enquanto as meninas valorizam, muitas vezes, demasiadamente, algo simples e que deve ser adquirido com o tempo. Ou muitas vezes o pai a proíbe com a popular frase: minha princesinha? Ela não faz este tipo de coisa! Nem nunca vai fazer!

O fato é que sexo não é brincadeira. Se for o caso, o adolescente deve explorá-lo, respeitando seu tempo e maturidade, sem pressões ou mesmo interferências de terceiros. Entretanto, a população mundial possui um conceito machista perante a isso. Por que exigir tanto do jovem até mesmo nisso? Não devíamos romper este tipo de barreira? Acho que minha vida sexual não diz respeito a ninguém, é algo que eu divido com os meus amigos mais íntimos, isso se eu sentir vontade. Somente um toque: os adolescentes de hoje já sofrem pressão demais, eles tem outras coisas para se preocupar, deixe o tempo cuidar.

Para finalizar: não deixe de usar proteção.


Algodão Doce


O dia passa, o tempo não para.

O sabor adocicado está no ar,

Como um joguete de notas de citaras

O seu vestido cor de rosa começa a rodopiar.

Tons festivos e risos,

O azul do céu começa a se inflar.

Tua face junto a amigos,

Minh’alma começa a gritar.

Teu belo semblante e

Teu vestido cor de rosa

Tornaram meu coração rodopiante.

O que me faz relembrar: prefiro à prosa

Tua mão junto a minha,

Seus lábios tocando o rosa do algodão doce.

Teu nome junto a esta redondilha.

Como gostaria de ser este algodão, doce, doce...

Gossip Girl: Só podia ser você – Cecily von Ziegesar


Doces momentos com a High Society de Manhattan. Adolescentes no auge de seus hormônios. Drogas. Muitas festas. Garotos e garotas absurdamente lindos e sem defeitos aparente. Junte tudo isso a um Greencard do papai sem limites e um blog de uma garota contando todos os podres dessa elite, e, detalhe, nenhuma satisfação a dar a ninguém. O que você obtém? A garotada de Gossip Girl completamente agitada querendo badalar.

Ao ler o título e conhecer um pouco mais do roteiro você deve estar com o seguinte pensamento: ótimo, mais uma série de livros para adolescentes à lá “Crepúsculo”. Entenda, você está completamente enganado. Cecily von Ziegesar tenta passar em suas obras o que acontece no mundo das elites norte-americanas. Com um toque de sedução e erotismo ela alcançou um Sex and The City para jovens. Entretanto, não é essa a pura essência de Gossip Girl.

Para quem entende um pouco mais de literatura e avalia a obra, além de lê-la, acaba observando o verdadeiro intuito da autora. Mostrar o vazio ao qual estas personagens são submetidas a cada dia de suas vidas. Um deleite fantasioso. Esperanças e aspirações futuras, assim como você. Felizmente – ou infelizmente – estes jovens já tem o seu futuro delineado por seus pais e dificilmente conseguem seguir o que querem exatamente. É incrível ver como duas jovens mimadas e melhores amigas entram numa competição para ver quem é a mais bela e ousada. Como ir a uma festa com o vestido mais curto e sem calcinha.

É divertido ser jovem e rico, mas infelizmente o dinheiro não é tudo na vida e quando baques consecutivos arrematam as vidas de Blair e Serena, elas começam a perceber que estão abandonando a vida boa de crianças e entrando num meio de jovens adultos – ir – responsáveis. Se deparar com pais prestes a se divorciarem, namorar o rapaz – simultaneamente – que as acompanham desde a infância e ainda ter de contar à melhor amiga segredos que você tem certeza que vão abalá-la de forma arrasadora e que talvez não sejam coisas com as quais você gostaria de lidar. Além de tudo, o dinheiro nunca falta, tornando tudo chato e de fácil acesso. Como enxergar o que está faltando nesse mundinho?

Só podia ser você,

Você sabe que me ama,

XOXO

Gossip Girl

O primeiro capítulo desse livro você confere aqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pedido atendido


Recentemente, meus amigos da GV descobriram este meu blog e pediram uma homenagem à eles. Então vou fazer.

Reconheço que é meio injusto eu vir aqui, postar o que acho do ensino, do lugar, falar das minhas notas e sequer mencionar sobre meus novos companheiros de escola. Até porque não tenho do que reclamar sobre estas pessoas, elas são extremamente companheiras, engraçadas e doidas, a companhia perfeita das minhas manhãs.

Fui parar na sala mais bagunçeira e causadora de problemas dos 1ºanos, com as pessoas mais descontroladas e pouco dispostas a mudar seu comportamento, mas não trocaria de sala de jeito nenhum, pois é uma sala praticamente perfeita (tirando esses "probleminhas" citados e algumas pessoas com quem ainda não conversei muito ou não quis ter afinidade).São pessoas que, apesar de conhecer pouco, considero muito, e não vou esqueçer nunca esses seres que me irritam, mas que amo incondicionalmente.

Espero que esses que me pediram leiam esse post e gostem do reconhecimento, totalmente merecido. Ah! O maior influenciador desse post foi o Arthur, muito dramático,mas um grande amigo. Não vou citar os nomes porque se eu esqueçer alguém fica chato, mas acho que quem é sabe (na verdade são muitas das pessoas da foto, mesmo algumas não aparecendo muito).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cota: privilégio ou preconceito?


Hoje quero discutir algo muito polêmico que rondou na sala de aula e nas rodinhas entre amigos em minha escola: cotas raciais.

Eu, sinceramente, e a maioria das pessoas com quem conversei, têm a mesma opinião sobre essa cota: certamente não devia ser utilizada. Ser de uma cor diferente não muda seu intelecto, todos somos iguais na capacidade de pensar , - e em todo o resto - e se fosse para ter cota racial, nada mais justo que cota para asiático, europeu, mestiço...

Esse "privilégio" é mais uma forma de separar as raças, e acaba dando à entender que os negros não têm a mesma capacidade de entrar em qualquer tipo de seleção. A cota deveria ser abolida e o que realmente contaria seria a capacidade e aplicação dos alunos.

Sou a favor de apenas uma cota: a escolar. Não porque sempre estudei em escola pública, mas porque conheço pessoas que estudaram e estudam em escolas particulares e sei que o ensino é bem diferente, e a cota é uma oportunidade de uma pessoa com poucas condições ter um bom futuro.

Não quero abrir discussões nem que nenhum que ler esse post me contrarie ou critique, estou querendo abrir um possível debate ou apenas uma reflexaõ dos leitores. A cota ajuda todos, só alguns ou ninguém? Junta as raças ou só as separa mais? Minha opinião já foi dada.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eu Pago e Exijo

Subsistência, mercantilismo, extração, importação, manufaturar, exportação, industrialização, produção em massa, desenvolvimento humano, desenvolvimento socioeconômico, diplomacia. Este é o delineamento seguido pelas grandes potências do mundo. Ao passo que, a sua sociedade se desenvolve à medida que o seu país também o faz. Examinamos também, que todas essas nações, utilizaram-se tanto da mão de obra servil quanto da mão de obra escrava. Entretanto, abandonaram estes conceitos e passaram a valorizar o trabalho assalariado e obtiveram o melhor retorno: A dignidade e cidadania. Infelizmente, o Brasil permanece estatizado quanto a estes carateres.

“Quê q’uié? Tô paganu!”

A humorista Katiuscia Canoro, intérprete da personagem Lady Kate do programa Zorra Total, tem feito sucesso em meio à sociedade. O seu carisma, a sua aparência e as frases engraçadas e gramaticalmente incorretas são o delírio do cidadão brasileiro. Infelizmente a personagem demonstra uma veracidade a respeito de nossa sociedade, que um dia teve com princípio a mão de obra escrava em sua economia.

Alguma vez você já deve ter se deparado – caso não tenha sido o autor – com a seguinte cena: Um cliente insatisfeito com o atendimento utiliza-se da popular frase “eu estou pagando você”. Ou seja, simplesmente por ser pago, o atendente está submisso a todas as vontades do cliente? Quer dizer que somente por estar aplicando dinheiro, aquele cliente tem o direito de humilhá-lo e dizer-lhe o que bem entende? É evidente que o perfil da maioria dos cidadãos gira em torno deste pensamento.

É importante salientarmos que não foi feita qualquer crítica à personagem Lady Kate ou a sua intérprete Katiuscia – que, aliás, exerce o seu trabalho de forma excelente – e, sim, evidenciar fatores de uma sociedade demasiadamente hipócrita quanto aos direitos de cada cidadão. É claro que quando há algum gasto de nossa parte, o correto é exigirmos o serviço que nos foi oferecido. Entretanto, esse valor empregado não é motivo para tanta arrogância e pretensão ao ponto de nos elevar à posição de donos do mundo e da verdade, onde quaisquer mínimos valores que sejam nos leve a acreditar que exercemos poder sobre outro indivíduo.

Esta hipocrisia, de fato, vem se alastrando, não somente em meio à classe alta, mas também vem ganhando grande influência sobre as classes mais baixas. Logo, meça bem suas palavras antes de exigir qualquer coisa, que, a seu ver, está no seu direito como cidadão, pois após proferi-las não existe retorno. Reflita.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Todos pela Educação


No último ano, a popular emissora de TV, Rede Globo, tem investido na propaganda Todos pela Educação, esta mobilizada pelo Ministério da Educação (MEC). Um curioso posicionamento perante a mídia, pois nenhuma emissora de canal aberto – além da TV Cultura – faz este tipo de pronunciamento.

Segundo indícios, os principais posicionamentos da Rede Globo deste ano estão com um enfoque na política e conjuntura socioeducacional. Propagandas referentes a eleições, economia e saúde pública foram, durante anos, os embasamentos dos quatro principais jornais da emissora. Entretanto, o último ano alavancou o interesse pela educação, utilizando-se principalmente de atores e figuras esportivas para o marketing. Outro critério que mostrou o repentino movimento da Rede Globo, foi a estreia do novo programa Globo Educação, que atua visando os problemas na escola pública e possíveis melhorias.

É evidente que a maior parte dos atuais problemas do Brasil provém da má estrutura educacional, onde mais de 50% do país sequer possui os hábitos literário e científico. Os incentivos à tecnologia e informação são escassos, e, geralmente, feitos por entidades particulares. O papel que deveria ser assumido pelo Governo, está nas mãos de uma pequena parcela da burguesia, fator que é espantoso, pois essa burguesia não deseja melhor distribuição de renda. Então, quais são os interesses da maior rede informacional do país, ao integrar-se a esta mobilização, já que está associada à burguesia?

Ao que tudo indica, as intenções da Rede Globo são sinceras e aderem uma política de melhora social. Como já é de conhecimento público, além do interesse por ibope, a emissora realiza diversos movimentos sociais, como o Criança Esperança e os Amigos da Escola. O maior problema, no entanto, seria assegurar a veracidade desses grupos, pois estes podem muito bem utilizarem-se da fachada de grupos beneficentes, quando na verdade são órgãos de extorsão e corrupção. Até o presente momento, nenhuma irregularidade fora acusada às entidades da emissora. Neste caso podemos somente parabenizá-la por essas ações, entretanto, mantendo o caráter interrogativo: o dinheiro que invisto está sendo bem aplicado?

Sobretudo, o Brasil necessita de mais contribuintes para a melhoria da educação, só ,assim, poderemos nos tornar uma nação independente sócio e economicamente.

O relatório de atividades do programa Todos pela Educação você encontra aqui.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

First Day

Era uma manhã ensolarada de quarta-feira, ele havia cabulado os dois primeiros dias de aula na escola nova. Havia visto alguns rapazes que não gostou e preferia pedir transferência. Foi essa a desculpa dada a sua mãe. Por isso, ao chegar na porta da sala naquela segunda-feira ele retornou e tomou o ônibus de volta para sua casa.

Terceiro dia de aula. Foi obrigado pela mãe a entrar naquela sala de estranhos, com pessoas estranhas, bem longe do antigo colégio, dos antigos amigos que estudaram com ele desde o jardim de infância. Agora teria que superar os medos, fazer novos amigos e ainda tirar boas notas. Já possuía um estágio como professor de informática, informação que preferia guardar para si, pois todos o chamariam de nerd e o excluiriam do grupo de amigos.

Entrou, e no primeiro assento da terceira fileira de carteiras reconheceu um rosto. Uma amiga da antiga turma, que por ventura, caíra na atual escola. Não eram mais tão próximos, desde o ginásio. Conversavam muito na sexta série quando ela ainda não frequentava bares ou gostava de bandas excêntricas, se afastando assim, e só retomando a amizade no ano anterior. Ele a conhecia desde o primário. Completariam doze anos de amizade naquele verão. Sentou-se atrás dela e um sorriso se fez em seu rosto, logo ela virou-se para conversar. Estava se sentindo sozinha e deslocada, sentia que não pertencia ao lugar. Da mesma forma que ele.

Papearam durante aquela tarde e ficaram isolados do resto da classe. Ficou óbvio que seriam os amigos nerds da sala, que não possuiriam qualquer vínculo com outros alunos, isolando-se em seu mundo utópico.

No dia seguinte estavam ansiosos por fazer novos amigos, sentaram-se um pouco mais ao fundo para não serem tachados de nerds e torceram para que alguém os notasse. No fim do segundo tempo uma menina espalhafatosa se aproximou, olhou para a folha de fichário do garoto e berrou em alto e bom som, forçando a atenção de toda a classe para os três.

- Nossa, Paulo! Que letra linda!

A menina puxou a cadeira que estava atrás dele e pediu a folha da aula emprestada. Ela colocou a folha ao lado de uma sua e começou a escrever qualquer coisa. Ele, curioso, se aproximou e observou o que ela estava fazendo. Concluiu que estava copiando a sua letra.

- É assim que eu devo fazer?

Ele virou o rosto para sua amiga da frente, fez-se dois segundos de silêncio e os dois começaram a rir em uníssono, uma característica que ainda não tinha se perdido. A menina que escrevera sem dar muita importância voltou a tagarelar.

- É sério, mano! Como tu faz essas letras? O seu “A” eu já peguei o jeito, ele tem a perninha assim, levantada. Vou ficar treinando.

O garoto sorriu e perguntou o nome da garota.

- Meu nome é Maria Paula.

- Eu sou Paulo Henrique e essa é minha amiga Bia.

Dali pra frente os três se aproximaram, cada dia mais, mesmo cada um tendo uma característica isolada. Ele parou de julgar as pessoas pela aparência e pelos gostos. Estavam ali, reunidos três vértices de um triângulo. Um nerd, que mais tarde aprendeu a gostar de roque. Uma roqueira, que mais tarde aprendeu a gostar mais de moda. Uma patricinha, que mais tarde parou de chamar a atenção e aprendeu a dar valor aos verdadeiros amigos.



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Resposta aos Cronic Readers


O meu último post, sobre o filme Brüno – que nem é tão meu assim –, nem bem chegou ao blog e já recebi diversos e-mails perguntando se eu sou a favor ou contra a causa gay. Um rapaz que passou por aqui, aparentemente confundiu o blog com um sobre temáticas para o público GLS – LGBT pelo que este dos comentários afirma.

A questão é que não era esse o intuito do post, dizer se sou a favor ou contra, e sim mostrar que o brasileiro em si não comporta esse tipo de informação tão fácil quanto os povos de nações exteriores e acaba interpretando de maneira errônea o tema do filme.

Contudo, muita gente começou a se mobilizar, pedindo posts acerca da minha opinião sobre casamento gay, direitos homossexuais, a importância dos homossexuais na história e sociedade contemporânea etc. Enfim, o filme Brüno, ao contrário do que eu pensava, é realmente muito bom. Não é apenas mais uma comédia Hollywoodiana barata com piadas envolvendo sexo e homossexuais estereotipados.

Críticas aos grupos neonazistas, aos fundamentalistas do Oriente Médio e do mundo, à futilidade da esfera da moda, da falsa diplomacia – entendam por este trecho, o que se refere à falsa política e medidas protecionistas desnecessárias e não um englobamento a toda a diplomacia, afinal, é “Deus” no céu e Barack Obama na terra – e principalmente aos preconceitos da sociedade como um todo. Enfim, o filme incorpora vários temas recentes e não é somente uma bicha louca zoando héteros.

O seu tema principal, gira sim, em torno da intolerância e preconceitos da sociedade contra os homossexuais. É impressionante como o filme como um todo é tão inteligente, chega a dar inveja da criatividade do autor/roteirista/ator. A minha opinião, por sua vez, quanto ao casamento gay, assume a seguinte forma bipolarizada: do ponto de vista jurídico eu aprovo, do ponto de vista religioso, não.

Pensemos assim: O que afeta a sociedade uma pessoa de certo sexo casar-se com outra do mesmo? Em nada. Porém, os homossexuais devem entender que existem limitações àquilo que gira em torno de seus interesses.

Acredito que um casal, sendo hétero ou gay, deva compartilhar seus bens e exercer posse sobre todo o patrimônio caso um dos companheiros venha a falecer. Os seus respectivos papéis como pais também devem ser integrados, caso adotem uma criança ou a gerem a partir de barriga de aluguel ou inseminação artificial, pois o papel de um “pai” é educar e cuidar da criança e seria injusto essa criança não ter o direito de carregar consigo o nome de quem a criou, é falta de ética com os tutores da criança.

Não acredito que a sexualidade de uma pessoa possa afetar uma criança, pois elas não têm a malícia que nós adultos formados temos – existem adultos em processo de formação, não importa a idade –, pois se afetasse, não existiriam homossexuais, porque antes seria necessário um casal hétero para fazê-los, então, por quê não são héteros também?

Por outro lado, temos o fator religião. O tema padre, igreja, noivo, vestido, véu e grinalda é fator de caráter religioso o que implica permissividade da Igreja Católica Apostólica Romana e, consequentemente, do papa. Do ponto de vista da bíblia, a relação amorosa entre humanos do mesmo sexo é inconcebível. É violar a “pureza” do corpo e submeter-se aos “pecados” de sodomia. Já li a bíblia diversas vezes, e discordo da maioria das coisas que estão ali, por este e outros motivos eu sou ateu.

Acho errado, somente, o ideal de alterar uma religião. Afinal, como o próprio nome diz, são crenças em comum de um seleto grupo de pessoas. Então, porque o grupo homossexual valoriza tanto esse desejo de casamento religioso? Acredito, sim, que você como cidadão e ser humano deve ser respeitado, é como a suprema lei do livre arbítrio: se eu faço tal coisa e não atrapalha a tua vida, por quê você se importa?

Mas a partir daí entramos numa outra questão: a Igreja já mudou tantas vezes, por quê não para nós? Concordo com esse ponto de vista, todavia, não esperem que isso aconteça da noite para o dia. As lutas pelas maiores transformações na Igreja Católica duraram séculos antes de se concluírem. E com o atual papa, que acha que o preservativo é coisa do “capeta” nessa época de epidemias e contaminações, acho difícil conseguirem algo concreto nos próximos anos. Então, lutem sim pelos seus direitos, eu os apóio, porém, respeitem também os limites da sociedade: devo sim te respeitar, mas não sou obrigado a gostar de tudo e de todos. Pois todos nós temos nossas preferências e desaprovações. Ou vai dizer que nunca julgou uma pessoa só pela aparência? Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra.

P.S.: Gostei das mensagens, enviem mais sugestões de postagens, assim eu entendo melhor as pessoas de fora que aparecem por aqui. Lerei todas, uma por uma, mas não prometo postar sobre tudo. Vou postar o que eu achar coerente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Povo Brasileiro não está Pronto para Brüno - Felipe Neto


O filme Brüno será (é) um marco na história do cinema mundial. Uma daquelas produções que se tornam épicas e inesquecíveis, por vários motivos diferentes. No caso de Brüno, será pelo brilhantismo através das cutucadas polêmicas. Um filme que será tanto amado quanto odiado, gerando um dos maiores índices de divergência opinativa desde o primeiro Matrix, tão descartado pela sociedade brasileira sob o argumento do “não entendi nada”. Com Brüno não será diferente, exceto pelo fato de que gerará ódio dos pseudo-moralistas e pessoas que não compreendem o humor nas entrelinhas.

Para qualquer um que não tenha uma profundidade na interpretação e não consiga captar referências, a visão sobre o filme será apenas de um humor escrachado, como um piru dançante ou as práticas sexuais entre dois gays utilizando consolos e apetrechos inusitados. Mas essa é apenas a cereja do bolo.

De início, é importante ressaltar: Brüno é gay, tão gay quanto um pote de Doriana. E seguindo a linha de Borat, Sacha Baron Cohen traz um personagem polêmico com uma história inventada e vai às ruas americanas lidar com pessoas que não fazem idéia de que se trata de uma produção cinematográfica. As reações àquele viadão completamente insano tornam-se uma das maiores atrações do filme. Brüno quer o simples, virar uma mega celebridade internacional. Ou, em suas próprias palavras, o austríaco mais popular da história desde a segunda guerra mundial. Suas referências ao Nazismo fazem qualquer pessoa inteligente chorar de tanto rir. Entretanto, se você não entende uma piada onde Brüno chama Mel Gibson de “My Fuhrer”, é melhor deixar pra lá.

O filme traz inúmeras críticas sociais, aspecto que mais me agrada. Suas referências ao mundo da moda já começam de forma espetacularmente venenosa quando decide ir a um mega desfile utilizando um terno feito de… VELCRO! Com direito a grudar em qualquer tecido que encoste. Tudo se torna ainda mais divertido quando uma mega personalidade do meio dos estilistas diz que o terno é super interessante. Uma pessoa sem embasamento interpretativo tratará Brüno como apenas um personagem idiota do cinema, quando na verdade ele é um verdadeiro tapa na cara de padrões enraigados há séculos. Por Deus! Ele vai para o Oriente Médio vestido como uma biba saltitante! Ele chama um senador americano para uma entrevista e tira as calças tentando seduzí-lo!

Sacha Baron Cohen é mais que um humorista. Ele vai além, faz o que ninguém até hoje teve coragem de fazer, como ir caçar num acampamento com três cidadãos do sul dos Estados Unidos (extremamente machos) e, no meio da madrugada, ir até a barraca de um deles completamente nu, dizendo: “Um urso comeu minhas roupas, só não comeu as camisinhas, será que eu posso passar a noite aqui com você?”. Mais que isso, ele encontra-se com o líder de um movimento terrorista e OFENDE Osama Bin Laden (a única coisa que o líder diz é: “saia daqui imediatamente” - a cena então acaba, sinal de que deu merda).

Sacha, ou Brüno, mostra como pegar um microfone e ir atrás de celebridades é idiota. Seu humor nos ensina o que é verdadeiramente a gargalhada, ao invés do risinho estúpido de piadas bobas e arrogantes. Ele destrói paradigmas e cospe na face de todos aqueles que riem-se de Zorra Total ou de determinados Stand-Ups brasileiros, com piadinhas infames, superficiais e que só agradam àqueles sem nenhum nível intelectual. Compreender Brüno e divertir-se com o filme não é apenas satisfatório, mas um sinal de inteligência.

Enfim, deixo minhas palavras por aqui. O resto vocês descobrirão sozinhos, assistindo a essa produção completamente imperdível. Caso se sinta desconfortável no cinema, relaxe, respire fundo e deixe que o poder do humor de Brüno invada sua mente.

Texto de Felipe Neto do Blog controleremoto.tv

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Leitor - Bernhard Schlink

Desde “A Menina que Roubava Livros”, “A Cidade do Sol” e “O Preço de Ser Diferente” que não encontro um livro tão bom! Minto, li algumas obras de Fiodor Dostoievski, Kafka e Goethe que me deixaram abismado. Li também os três primeiros volumes da série Crepúsculo, os três primeiros do Ciclo da Herança e também comecei “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, todos, sem exceção, são ótimos livros. Entretanto, fazia tempo que não encontrava algo que me movimentasse dessa forma, que me transportasse para a história e me fizesse sentir simpatia e, de certa forma, amor pelos personagens.

Não sei se isso ocorre com vocês: quando você fica tão entretido com uma história que acaba se sentindo parte dela, mesmo que somente como espectador. Aquela vontade de interferir no roteiro, se envolver com o personagem e dizer-lhe:

- Não! Isso não está certo! Você deve fazer isto e isto!

Acredito que ao lermos muito, acabamos desenvolvendo um senso crítico a respeito de certos clichês, como o casal que sempre se une no final e vive feliz para sempre. Sinceramente, isso me deixa fatigado e por vezes acho enfadonha a atividade de ler este tipo de narração. Saliento, então, os três primeiros títulos deste post, que são os meus favoritos, são os três livros especiais que – com exceção do terceiro – têm finais tristes e me arrancaram lágrimas dos olhos. Já os grandes clássicos de Goethe e seus companheiros, não sei bem dizer ao certo como, mas acredito que tenham um charme especial, um requinte singular para cada qual que os torna tão exclusivos e imortais.

Voltando ao livro “O Leitor”, ele possui uma narrativa bem simples. Quando digo bem simples entenda por, algo bem rápido e de fácil leitura. Logo no primeiro dia já tinha passado da metade do livro e olha que nem tenho tanto tempo para ficar lendo.

O roteiro gira em torno de um casal que se conhece pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial. Michael Berg, de 15 anos, e Hanna Schmitz, 21 anos mais velha, acabam se apaixonando e mantendo um relacionamento às escondidas. Com a rotina de marido e mulher, você acaba se apaixonando pelos personagens de uma maneira simplória e bem cativante e no ápice de tudo, Hanna desaparece. Sete anos se passam e Michael se torna amargo e duro com todos e assume um caráter debochado da vida, estudante de Direito – vejam só! – ele reencontra Hanna como ré de um tribunal sendo acusada de crimes cometidos durante a guerra que o fazem entrar num turbilhão de recusa de sentimentos, piedade, secura, amor e ódio.

Não comentarei o final, pois seria antiético e também por eu ainda estar lendo o livro. O que mais me agrada são os diálogos perpetuados entre capítulos curtos, assumindo o controle da narrativa quase como o regente de uma orquestra. Simplesmente delicioso.

P.S.: Este livro, não sei o porquê, me remete muito "A Menina que Roubava Livros" e acredite, não é por causa do tema da Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Devil's Advocate


O Advogado do Diabo

Sinopse: Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um homem de sucesso dentro e fora do tribunal. Um jovem advogado de defesa que nunca perdeu uma causa, por pior que seja o crime cometido por seus clientes. John Milton (Al Pacino) é o misterioso e brilhante presidente de uma poderosa firma de advocacia com interesses e clientes no mundo inteiro. O que há de comum entre esses dois homens? Uma tentadora oferta de trabalho, a chance de alcança o sucesso de uma vez por todas e um segredo que irá transformar a vida de Kevin em uma viagem ao inferno.

Kevin Lomax, advogado de uma pequena cidade da Flórida que nunca perdeu um caso, é contratado John Milton, dono da maior firma de advocacia de Nova York. Kevin recebe um alto salário e várias mordomias, apesar da desaprovação de Alice Lomax (Judith Ivey), sua mãe e uma fervorosa religiosa, que compara Nova Iorque a Babilônia. No início tudo parece correr bem, mas logo Mary Ann (Charlize Theron), a esposa do advogado, sente saudades de sua antiga casa e começa a testemunhar aparições demoníacas. No entanto, Kevin está empenhado em defender um cliente acusado de triplo assassinato e cada vez dá menos atenção à sua mulher, enquanto que seu misterioso chefe parece sempre saber como contornar cada problema e tudo que perturba o jovem advogado.

Comentários: A atuação de Keanu Reeves chega a dar medo, vez ou outra, quando está dominado pelo capeta, ele realmente demonstra isso. Fora suas alucinações que são ótimas. Creio que também não preciso dizer nada sobre Al Pacino, não é? Sua atuação, cara de mafioso e todo o humor negro que se encontra em suas falas, tudo, está perfeito.

Os efeitos especiais estão bem colocados, nada de exagerado como nos últimos dois “Matrixes”, afinal, o primeiro foi uma revolução e hoje em dia todos apelam para os efeitos especiais querendo mostrar qual é o melhor. Decerto não podemos excluir os efeitos especiais até porque os filmes servem para criar uma realidade alternativa a nossa, porém, isso me entedia quando parece que nada é impossível à computação gráfica e a sociedade começa a negar bons filmes, sérios e sem efeitos especiais como Pride & Prejudice. Confesso que sou fã de um filme carregado destes, que é Desventuras em Série, entretanto, o filme inteiro é fora da realidade, pois é feito para crianças.

Logo mais posto novos comentários sobre os poucos filmes que julgo serem bons, mas a maioria deles são com Al Pacino, Keanu Reeves, Emily Browning, Christina Applegate ou Sandra Bullock.

P.S.: Gostaria de ser um Advogado do Diabo.

Pride & Prejudice

Orgulho & Preconceito

A história se passa no ano de 1789. Próximo à virada do século, Elizabeth Bennet, uma jovem de 23 anos é convidada junto a sua família a participar de um baile, o qual também serviria de recepção a um novo morador da região, o Sr. Bingley, que vivia numa das cidades da mais alta classe no norte da Inglaterra.

Durante o baile sua irmã Jane é apresentada ao Sr. Bingley e apaixona-se rapidamente, durante as danças tanto um quanto o outro demonstra eloqüência em seus passos e diálogos – o que mais me fascinou foram as conversas travadas entre danças e músicas, fato marcante da época, pois uma moça não poderia ser vista falando com homens que não fossem de sua família –, quanto mais se olhavam, mais se apaixonavam.

Entretanto, a história está focada em Elizabeth, que animada com toda a agitação pede a companhia de Sr. Darcy, amigo de Sr. Bingley, durante uma bela música folclórica. Darcy revida o pedido com muito escárnio e arrogância. Após este tratamento Elizabeth volta para o lado de sua família e, durante a festa, escuta uma discussão entre Bingley e Darcy sobre ela e sua irmã e se sente completamente ofendida ao ouvir dizer que Darcy a acha somente tolerável e que sua beleza não é o suficiente para tentá-lo.

Ao fim da festa, durante uma discussão entre a família de Elizabeth e Darcy, ele pergunta a ela sua opinião de como deve ser conquistada a afeição de uma mulher. Com sarcasmo, Elizabeth diz que se deve dançar mesmo que o seu par seja somente tolerável. Ela se retira do local e a partir daí começa o desenlace do filme. Darcy sempre se apresenta rude e insensível, enquanto Elizabeth aumenta o seu desprezo por ele e jura odiá-lo pela eternidade. Logo, Darcy impede o casamento de Jane e Bingley e Elizabeth o descobre, julgando ser por sua inferioridade financeira.

Com o tempo Darcy se apaixona por Elizabeth e a pede em casamento, ela o nega dizendo que é um homem insensível e prediz todas as suas ações, reclama e pede justificativas. Ao final desta discussão sem as respostas de Darcy, Elizabeth diz que nem por toda sua fortuna ou mesmo se fosse o último homem da terra, jamais casaria-se com Darcy. Com o passar do tempo Elizabeth descobre a verdadeira face de Darcy e se vê apaixonada e sem esperanças de retomá-lo como amado. O fim eu não vou contar! Assista e descubra ou leia o livro, que é muito mais interessante.

Comentários:

Adoro a personagem Elizabeth, pois demonstra força e decisão, identifiquei-me com a personagem e suas idéias. Sua teimosia é algo que definitivamente encontra-se em mim, além de possuir uma alma devidamente preconceituosa, ao julgar cada homem e mulher que cruza o seu caminho. Também possuo esta característica, contudo, de forma oposta a dela. Enquanto Elizabeth prefere optar por posições pejorativas, eu escolho elogios e julgo os outros de forma quase divina, achando que todos são bons.

A trilha sonora e cenografia é o que mais me impressiona neste filme: grandes campos e monções da idade clássica com sons de violino e piano durante todo o filme. O que realça as vestes dos personagens por mais simples que sejam são as luzes muito bem colocadas e os tons que variam e destacam-se ao longo do filme.

Carregado com boas cenas de comédia, vemos também que durante a época, não era sempre que os habitantes de vilarejos e grandes castelos se respeitavam ou davam serventia, ao contrário da maioria dos filmes que vemos por ai.

Baseado no livro de Jane Austin, Pride & Prejudice é uma das mais belas artes que assisti tem muito tempo. E olha que não sou de gostar de filmes ou mesmo de animações.



quinta-feira, 30 de julho de 2009

Projeto Pecado Capital


Caros leitores,

Nos últimos dias tenho sentido grande inspiração para escrever e percebi que meu amigo Roberto também o tem. Resolvi, então, fazer a indecente proposta a este meu amigo de escrevermos alguns textos juntos. Entretanto, não me ocorria nada que pudesse ser digna de uma parceria com ele, pois seu estilo é muito requintado e herdeiro de uma particularidade divina. Então, lembrei-me dos temas que ao mesmo tempo envolvem a religião e a razão humana, os quais vez ou outra incorporam as nossas mentes.

Titubeei primeiramente em lançarmos algumas críticas à Igreja, porém, limitei-me a aceitar que é um tema polêmico demais até mesmo para mim, além de eu desconhecer sua posição referente ao supracitado. Felizmente com o passar do tempo eu comecei a rever tudo o que eu já havia escrito e tive a brilhante idéia dos pecados capitais.

Originários do ser humano, eles possuem tudo o que precisaríamos para criar textos sedutores, carregados de emoção e delineadores de um novo estilo tanto para ele quanto para mim. Abrangendo essa idéia fiz a proposta a ele, e tamanha foi a minha surpresa quando ele concordou em participar da autoria do projeto. Estamos realizando a divisão de todo o serviço, quem vai ficar com qual pecado e quais serão trabalhados em conjunto. Estou empolgado para concluir isso em breve.

Então, aguardem, logo viremos com ótimos deleites para os teus olhos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mensagem a Shefield


Sei bem como você se sente, maninha. Me senti da mesma forma este fim de semana. Quero te dizer que te amo muito, como se você fosse mesmo minha irmã de sangue. Cada momento junto a vocês é uma alegria incandescente, um sentimento que queima e me faz sorrir. Amo-te demais e não poderia pedir a Deus uma segunda família melhor que esta.

Feliz Aniversário e saiba que você mora no meu coração.

P.S.: Desenho em parceria com o professor Wagner, ele fez arte e eu colori... foi um presente de aniversário, acho que eu completaria 15 ou 16 anos. As personagens são: Card Captor Sakura, de Sakura Card Captor, e Sakura Hime, de Tsubasa Reservoir Chronicle.