segunda-feira, 31 de agosto de 2009

First Day

Era uma manhã ensolarada de quarta-feira, ele havia cabulado os dois primeiros dias de aula na escola nova. Havia visto alguns rapazes que não gostou e preferia pedir transferência. Foi essa a desculpa dada a sua mãe. Por isso, ao chegar na porta da sala naquela segunda-feira ele retornou e tomou o ônibus de volta para sua casa.

Terceiro dia de aula. Foi obrigado pela mãe a entrar naquela sala de estranhos, com pessoas estranhas, bem longe do antigo colégio, dos antigos amigos que estudaram com ele desde o jardim de infância. Agora teria que superar os medos, fazer novos amigos e ainda tirar boas notas. Já possuía um estágio como professor de informática, informação que preferia guardar para si, pois todos o chamariam de nerd e o excluiriam do grupo de amigos.

Entrou, e no primeiro assento da terceira fileira de carteiras reconheceu um rosto. Uma amiga da antiga turma, que por ventura, caíra na atual escola. Não eram mais tão próximos, desde o ginásio. Conversavam muito na sexta série quando ela ainda não frequentava bares ou gostava de bandas excêntricas, se afastando assim, e só retomando a amizade no ano anterior. Ele a conhecia desde o primário. Completariam doze anos de amizade naquele verão. Sentou-se atrás dela e um sorriso se fez em seu rosto, logo ela virou-se para conversar. Estava se sentindo sozinha e deslocada, sentia que não pertencia ao lugar. Da mesma forma que ele.

Papearam durante aquela tarde e ficaram isolados do resto da classe. Ficou óbvio que seriam os amigos nerds da sala, que não possuiriam qualquer vínculo com outros alunos, isolando-se em seu mundo utópico.

No dia seguinte estavam ansiosos por fazer novos amigos, sentaram-se um pouco mais ao fundo para não serem tachados de nerds e torceram para que alguém os notasse. No fim do segundo tempo uma menina espalhafatosa se aproximou, olhou para a folha de fichário do garoto e berrou em alto e bom som, forçando a atenção de toda a classe para os três.

- Nossa, Paulo! Que letra linda!

A menina puxou a cadeira que estava atrás dele e pediu a folha da aula emprestada. Ela colocou a folha ao lado de uma sua e começou a escrever qualquer coisa. Ele, curioso, se aproximou e observou o que ela estava fazendo. Concluiu que estava copiando a sua letra.

- É assim que eu devo fazer?

Ele virou o rosto para sua amiga da frente, fez-se dois segundos de silêncio e os dois começaram a rir em uníssono, uma característica que ainda não tinha se perdido. A menina que escrevera sem dar muita importância voltou a tagarelar.

- É sério, mano! Como tu faz essas letras? O seu “A” eu já peguei o jeito, ele tem a perninha assim, levantada. Vou ficar treinando.

O garoto sorriu e perguntou o nome da garota.

- Meu nome é Maria Paula.

- Eu sou Paulo Henrique e essa é minha amiga Bia.

Dali pra frente os três se aproximaram, cada dia mais, mesmo cada um tendo uma característica isolada. Ele parou de julgar as pessoas pela aparência e pelos gostos. Estavam ali, reunidos três vértices de um triângulo. Um nerd, que mais tarde aprendeu a gostar de roque. Uma roqueira, que mais tarde aprendeu a gostar mais de moda. Uma patricinha, que mais tarde parou de chamar a atenção e aprendeu a dar valor aos verdadeiros amigos.



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Resposta aos Cronic Readers


O meu último post, sobre o filme Brüno – que nem é tão meu assim –, nem bem chegou ao blog e já recebi diversos e-mails perguntando se eu sou a favor ou contra a causa gay. Um rapaz que passou por aqui, aparentemente confundiu o blog com um sobre temáticas para o público GLS – LGBT pelo que este dos comentários afirma.

A questão é que não era esse o intuito do post, dizer se sou a favor ou contra, e sim mostrar que o brasileiro em si não comporta esse tipo de informação tão fácil quanto os povos de nações exteriores e acaba interpretando de maneira errônea o tema do filme.

Contudo, muita gente começou a se mobilizar, pedindo posts acerca da minha opinião sobre casamento gay, direitos homossexuais, a importância dos homossexuais na história e sociedade contemporânea etc. Enfim, o filme Brüno, ao contrário do que eu pensava, é realmente muito bom. Não é apenas mais uma comédia Hollywoodiana barata com piadas envolvendo sexo e homossexuais estereotipados.

Críticas aos grupos neonazistas, aos fundamentalistas do Oriente Médio e do mundo, à futilidade da esfera da moda, da falsa diplomacia – entendam por este trecho, o que se refere à falsa política e medidas protecionistas desnecessárias e não um englobamento a toda a diplomacia, afinal, é “Deus” no céu e Barack Obama na terra – e principalmente aos preconceitos da sociedade como um todo. Enfim, o filme incorpora vários temas recentes e não é somente uma bicha louca zoando héteros.

O seu tema principal, gira sim, em torno da intolerância e preconceitos da sociedade contra os homossexuais. É impressionante como o filme como um todo é tão inteligente, chega a dar inveja da criatividade do autor/roteirista/ator. A minha opinião, por sua vez, quanto ao casamento gay, assume a seguinte forma bipolarizada: do ponto de vista jurídico eu aprovo, do ponto de vista religioso, não.

Pensemos assim: O que afeta a sociedade uma pessoa de certo sexo casar-se com outra do mesmo? Em nada. Porém, os homossexuais devem entender que existem limitações àquilo que gira em torno de seus interesses.

Acredito que um casal, sendo hétero ou gay, deva compartilhar seus bens e exercer posse sobre todo o patrimônio caso um dos companheiros venha a falecer. Os seus respectivos papéis como pais também devem ser integrados, caso adotem uma criança ou a gerem a partir de barriga de aluguel ou inseminação artificial, pois o papel de um “pai” é educar e cuidar da criança e seria injusto essa criança não ter o direito de carregar consigo o nome de quem a criou, é falta de ética com os tutores da criança.

Não acredito que a sexualidade de uma pessoa possa afetar uma criança, pois elas não têm a malícia que nós adultos formados temos – existem adultos em processo de formação, não importa a idade –, pois se afetasse, não existiriam homossexuais, porque antes seria necessário um casal hétero para fazê-los, então, por quê não são héteros também?

Por outro lado, temos o fator religião. O tema padre, igreja, noivo, vestido, véu e grinalda é fator de caráter religioso o que implica permissividade da Igreja Católica Apostólica Romana e, consequentemente, do papa. Do ponto de vista da bíblia, a relação amorosa entre humanos do mesmo sexo é inconcebível. É violar a “pureza” do corpo e submeter-se aos “pecados” de sodomia. Já li a bíblia diversas vezes, e discordo da maioria das coisas que estão ali, por este e outros motivos eu sou ateu.

Acho errado, somente, o ideal de alterar uma religião. Afinal, como o próprio nome diz, são crenças em comum de um seleto grupo de pessoas. Então, porque o grupo homossexual valoriza tanto esse desejo de casamento religioso? Acredito, sim, que você como cidadão e ser humano deve ser respeitado, é como a suprema lei do livre arbítrio: se eu faço tal coisa e não atrapalha a tua vida, por quê você se importa?

Mas a partir daí entramos numa outra questão: a Igreja já mudou tantas vezes, por quê não para nós? Concordo com esse ponto de vista, todavia, não esperem que isso aconteça da noite para o dia. As lutas pelas maiores transformações na Igreja Católica duraram séculos antes de se concluírem. E com o atual papa, que acha que o preservativo é coisa do “capeta” nessa época de epidemias e contaminações, acho difícil conseguirem algo concreto nos próximos anos. Então, lutem sim pelos seus direitos, eu os apóio, porém, respeitem também os limites da sociedade: devo sim te respeitar, mas não sou obrigado a gostar de tudo e de todos. Pois todos nós temos nossas preferências e desaprovações. Ou vai dizer que nunca julgou uma pessoa só pela aparência? Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra.

P.S.: Gostei das mensagens, enviem mais sugestões de postagens, assim eu entendo melhor as pessoas de fora que aparecem por aqui. Lerei todas, uma por uma, mas não prometo postar sobre tudo. Vou postar o que eu achar coerente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Povo Brasileiro não está Pronto para Brüno - Felipe Neto


O filme Brüno será (é) um marco na história do cinema mundial. Uma daquelas produções que se tornam épicas e inesquecíveis, por vários motivos diferentes. No caso de Brüno, será pelo brilhantismo através das cutucadas polêmicas. Um filme que será tanto amado quanto odiado, gerando um dos maiores índices de divergência opinativa desde o primeiro Matrix, tão descartado pela sociedade brasileira sob o argumento do “não entendi nada”. Com Brüno não será diferente, exceto pelo fato de que gerará ódio dos pseudo-moralistas e pessoas que não compreendem o humor nas entrelinhas.

Para qualquer um que não tenha uma profundidade na interpretação e não consiga captar referências, a visão sobre o filme será apenas de um humor escrachado, como um piru dançante ou as práticas sexuais entre dois gays utilizando consolos e apetrechos inusitados. Mas essa é apenas a cereja do bolo.

De início, é importante ressaltar: Brüno é gay, tão gay quanto um pote de Doriana. E seguindo a linha de Borat, Sacha Baron Cohen traz um personagem polêmico com uma história inventada e vai às ruas americanas lidar com pessoas que não fazem idéia de que se trata de uma produção cinematográfica. As reações àquele viadão completamente insano tornam-se uma das maiores atrações do filme. Brüno quer o simples, virar uma mega celebridade internacional. Ou, em suas próprias palavras, o austríaco mais popular da história desde a segunda guerra mundial. Suas referências ao Nazismo fazem qualquer pessoa inteligente chorar de tanto rir. Entretanto, se você não entende uma piada onde Brüno chama Mel Gibson de “My Fuhrer”, é melhor deixar pra lá.

O filme traz inúmeras críticas sociais, aspecto que mais me agrada. Suas referências ao mundo da moda já começam de forma espetacularmente venenosa quando decide ir a um mega desfile utilizando um terno feito de… VELCRO! Com direito a grudar em qualquer tecido que encoste. Tudo se torna ainda mais divertido quando uma mega personalidade do meio dos estilistas diz que o terno é super interessante. Uma pessoa sem embasamento interpretativo tratará Brüno como apenas um personagem idiota do cinema, quando na verdade ele é um verdadeiro tapa na cara de padrões enraigados há séculos. Por Deus! Ele vai para o Oriente Médio vestido como uma biba saltitante! Ele chama um senador americano para uma entrevista e tira as calças tentando seduzí-lo!

Sacha Baron Cohen é mais que um humorista. Ele vai além, faz o que ninguém até hoje teve coragem de fazer, como ir caçar num acampamento com três cidadãos do sul dos Estados Unidos (extremamente machos) e, no meio da madrugada, ir até a barraca de um deles completamente nu, dizendo: “Um urso comeu minhas roupas, só não comeu as camisinhas, será que eu posso passar a noite aqui com você?”. Mais que isso, ele encontra-se com o líder de um movimento terrorista e OFENDE Osama Bin Laden (a única coisa que o líder diz é: “saia daqui imediatamente” - a cena então acaba, sinal de que deu merda).

Sacha, ou Brüno, mostra como pegar um microfone e ir atrás de celebridades é idiota. Seu humor nos ensina o que é verdadeiramente a gargalhada, ao invés do risinho estúpido de piadas bobas e arrogantes. Ele destrói paradigmas e cospe na face de todos aqueles que riem-se de Zorra Total ou de determinados Stand-Ups brasileiros, com piadinhas infames, superficiais e que só agradam àqueles sem nenhum nível intelectual. Compreender Brüno e divertir-se com o filme não é apenas satisfatório, mas um sinal de inteligência.

Enfim, deixo minhas palavras por aqui. O resto vocês descobrirão sozinhos, assistindo a essa produção completamente imperdível. Caso se sinta desconfortável no cinema, relaxe, respire fundo e deixe que o poder do humor de Brüno invada sua mente.

Texto de Felipe Neto do Blog controleremoto.tv

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Leitor - Bernhard Schlink

Desde “A Menina que Roubava Livros”, “A Cidade do Sol” e “O Preço de Ser Diferente” que não encontro um livro tão bom! Minto, li algumas obras de Fiodor Dostoievski, Kafka e Goethe que me deixaram abismado. Li também os três primeiros volumes da série Crepúsculo, os três primeiros do Ciclo da Herança e também comecei “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, todos, sem exceção, são ótimos livros. Entretanto, fazia tempo que não encontrava algo que me movimentasse dessa forma, que me transportasse para a história e me fizesse sentir simpatia e, de certa forma, amor pelos personagens.

Não sei se isso ocorre com vocês: quando você fica tão entretido com uma história que acaba se sentindo parte dela, mesmo que somente como espectador. Aquela vontade de interferir no roteiro, se envolver com o personagem e dizer-lhe:

- Não! Isso não está certo! Você deve fazer isto e isto!

Acredito que ao lermos muito, acabamos desenvolvendo um senso crítico a respeito de certos clichês, como o casal que sempre se une no final e vive feliz para sempre. Sinceramente, isso me deixa fatigado e por vezes acho enfadonha a atividade de ler este tipo de narração. Saliento, então, os três primeiros títulos deste post, que são os meus favoritos, são os três livros especiais que – com exceção do terceiro – têm finais tristes e me arrancaram lágrimas dos olhos. Já os grandes clássicos de Goethe e seus companheiros, não sei bem dizer ao certo como, mas acredito que tenham um charme especial, um requinte singular para cada qual que os torna tão exclusivos e imortais.

Voltando ao livro “O Leitor”, ele possui uma narrativa bem simples. Quando digo bem simples entenda por, algo bem rápido e de fácil leitura. Logo no primeiro dia já tinha passado da metade do livro e olha que nem tenho tanto tempo para ficar lendo.

O roteiro gira em torno de um casal que se conhece pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial. Michael Berg, de 15 anos, e Hanna Schmitz, 21 anos mais velha, acabam se apaixonando e mantendo um relacionamento às escondidas. Com a rotina de marido e mulher, você acaba se apaixonando pelos personagens de uma maneira simplória e bem cativante e no ápice de tudo, Hanna desaparece. Sete anos se passam e Michael se torna amargo e duro com todos e assume um caráter debochado da vida, estudante de Direito – vejam só! – ele reencontra Hanna como ré de um tribunal sendo acusada de crimes cometidos durante a guerra que o fazem entrar num turbilhão de recusa de sentimentos, piedade, secura, amor e ódio.

Não comentarei o final, pois seria antiético e também por eu ainda estar lendo o livro. O que mais me agrada são os diálogos perpetuados entre capítulos curtos, assumindo o controle da narrativa quase como o regente de uma orquestra. Simplesmente delicioso.

P.S.: Este livro, não sei o porquê, me remete muito "A Menina que Roubava Livros" e acredite, não é por causa do tema da Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Devil's Advocate


O Advogado do Diabo

Sinopse: Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um homem de sucesso dentro e fora do tribunal. Um jovem advogado de defesa que nunca perdeu uma causa, por pior que seja o crime cometido por seus clientes. John Milton (Al Pacino) é o misterioso e brilhante presidente de uma poderosa firma de advocacia com interesses e clientes no mundo inteiro. O que há de comum entre esses dois homens? Uma tentadora oferta de trabalho, a chance de alcança o sucesso de uma vez por todas e um segredo que irá transformar a vida de Kevin em uma viagem ao inferno.

Kevin Lomax, advogado de uma pequena cidade da Flórida que nunca perdeu um caso, é contratado John Milton, dono da maior firma de advocacia de Nova York. Kevin recebe um alto salário e várias mordomias, apesar da desaprovação de Alice Lomax (Judith Ivey), sua mãe e uma fervorosa religiosa, que compara Nova Iorque a Babilônia. No início tudo parece correr bem, mas logo Mary Ann (Charlize Theron), a esposa do advogado, sente saudades de sua antiga casa e começa a testemunhar aparições demoníacas. No entanto, Kevin está empenhado em defender um cliente acusado de triplo assassinato e cada vez dá menos atenção à sua mulher, enquanto que seu misterioso chefe parece sempre saber como contornar cada problema e tudo que perturba o jovem advogado.

Comentários: A atuação de Keanu Reeves chega a dar medo, vez ou outra, quando está dominado pelo capeta, ele realmente demonstra isso. Fora suas alucinações que são ótimas. Creio que também não preciso dizer nada sobre Al Pacino, não é? Sua atuação, cara de mafioso e todo o humor negro que se encontra em suas falas, tudo, está perfeito.

Os efeitos especiais estão bem colocados, nada de exagerado como nos últimos dois “Matrixes”, afinal, o primeiro foi uma revolução e hoje em dia todos apelam para os efeitos especiais querendo mostrar qual é o melhor. Decerto não podemos excluir os efeitos especiais até porque os filmes servem para criar uma realidade alternativa a nossa, porém, isso me entedia quando parece que nada é impossível à computação gráfica e a sociedade começa a negar bons filmes, sérios e sem efeitos especiais como Pride & Prejudice. Confesso que sou fã de um filme carregado destes, que é Desventuras em Série, entretanto, o filme inteiro é fora da realidade, pois é feito para crianças.

Logo mais posto novos comentários sobre os poucos filmes que julgo serem bons, mas a maioria deles são com Al Pacino, Keanu Reeves, Emily Browning, Christina Applegate ou Sandra Bullock.

P.S.: Gostaria de ser um Advogado do Diabo.

Pride & Prejudice

Orgulho & Preconceito

A história se passa no ano de 1789. Próximo à virada do século, Elizabeth Bennet, uma jovem de 23 anos é convidada junto a sua família a participar de um baile, o qual também serviria de recepção a um novo morador da região, o Sr. Bingley, que vivia numa das cidades da mais alta classe no norte da Inglaterra.

Durante o baile sua irmã Jane é apresentada ao Sr. Bingley e apaixona-se rapidamente, durante as danças tanto um quanto o outro demonstra eloqüência em seus passos e diálogos – o que mais me fascinou foram as conversas travadas entre danças e músicas, fato marcante da época, pois uma moça não poderia ser vista falando com homens que não fossem de sua família –, quanto mais se olhavam, mais se apaixonavam.

Entretanto, a história está focada em Elizabeth, que animada com toda a agitação pede a companhia de Sr. Darcy, amigo de Sr. Bingley, durante uma bela música folclórica. Darcy revida o pedido com muito escárnio e arrogância. Após este tratamento Elizabeth volta para o lado de sua família e, durante a festa, escuta uma discussão entre Bingley e Darcy sobre ela e sua irmã e se sente completamente ofendida ao ouvir dizer que Darcy a acha somente tolerável e que sua beleza não é o suficiente para tentá-lo.

Ao fim da festa, durante uma discussão entre a família de Elizabeth e Darcy, ele pergunta a ela sua opinião de como deve ser conquistada a afeição de uma mulher. Com sarcasmo, Elizabeth diz que se deve dançar mesmo que o seu par seja somente tolerável. Ela se retira do local e a partir daí começa o desenlace do filme. Darcy sempre se apresenta rude e insensível, enquanto Elizabeth aumenta o seu desprezo por ele e jura odiá-lo pela eternidade. Logo, Darcy impede o casamento de Jane e Bingley e Elizabeth o descobre, julgando ser por sua inferioridade financeira.

Com o tempo Darcy se apaixona por Elizabeth e a pede em casamento, ela o nega dizendo que é um homem insensível e prediz todas as suas ações, reclama e pede justificativas. Ao final desta discussão sem as respostas de Darcy, Elizabeth diz que nem por toda sua fortuna ou mesmo se fosse o último homem da terra, jamais casaria-se com Darcy. Com o passar do tempo Elizabeth descobre a verdadeira face de Darcy e se vê apaixonada e sem esperanças de retomá-lo como amado. O fim eu não vou contar! Assista e descubra ou leia o livro, que é muito mais interessante.

Comentários:

Adoro a personagem Elizabeth, pois demonstra força e decisão, identifiquei-me com a personagem e suas idéias. Sua teimosia é algo que definitivamente encontra-se em mim, além de possuir uma alma devidamente preconceituosa, ao julgar cada homem e mulher que cruza o seu caminho. Também possuo esta característica, contudo, de forma oposta a dela. Enquanto Elizabeth prefere optar por posições pejorativas, eu escolho elogios e julgo os outros de forma quase divina, achando que todos são bons.

A trilha sonora e cenografia é o que mais me impressiona neste filme: grandes campos e monções da idade clássica com sons de violino e piano durante todo o filme. O que realça as vestes dos personagens por mais simples que sejam são as luzes muito bem colocadas e os tons que variam e destacam-se ao longo do filme.

Carregado com boas cenas de comédia, vemos também que durante a época, não era sempre que os habitantes de vilarejos e grandes castelos se respeitavam ou davam serventia, ao contrário da maioria dos filmes que vemos por ai.

Baseado no livro de Jane Austin, Pride & Prejudice é uma das mais belas artes que assisti tem muito tempo. E olha que não sou de gostar de filmes ou mesmo de animações.