segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Luta

“É sexta-feira, o ‘professor’ eventual entrega os trabalhos do segundo bimestre que definiram as médias na última hora, pois o professor de física estava extremamente doente. O curioso é que este fora visto por uma aluna no fim de semana anterior jogando bola e praticando corrida no Parque do Ibirapuera. Ansioso o garoto esperava para ver sua nota, ele havia caprichado por se tratar de um tema que ele, particularmente, achava interessante.

O professor entregou o trabalho com um enorme cinco em vermelho na capa, ainda com a frase ‘qual série e número?’ e o número 39 – o de sua chamada – logo abaixo de seu nome. Ele tinha certeza de tê-los colocado na folha de rosto, aquela que fica logo atrás da capa. Não teve erro, estavam lá. Seu nome, seu número e sua série. Esperou que o ‘professor’ entregasse todos os trabalhos e comparou-o com o de alguns amigos. Todos tiraram nota cinco. Pensou que o ‘professor’ tivera feito isso por ele ser eventual e não entender do assunto e concluiu que ele havia deixado toda a classe com nota cinco para não ter problema. Porém, uma minoria de alunos, aqueles que o ‘professor’ criou um vínculo, uma espécie de relacionamento ao longo do ano, tiraram notas acima de cinco. Começou com um seis, depois foi para um sete, seguiu-se para um oito e um nove e até atingir dez.

O garoto foi até ele perguntar o porquê de seu trabalho ter sido merecedor de um cinco, quando este havia o maior conteúdo, a maior fonte de dados e o único com bibliografia organizada e toda uma avaliação crítica de seu ponto de vista. O ‘professor’ com o ar hipócrita justificou que havia dado nota para quem ele julgou que merecia, sequer havia lido os trabalhos, pois tinha mais o que fazer. O pequeno fato é que este ‘professor’ é o caseiro do colégio, não tem sequer formação superior, o humilhou em frente toda a classe e ainda usou de discriminação. Sequer lera o seu trabalho, que havia feito com todo o cuidado e atenção. Ele lera o conteúdo. Ele sabia a matéria. Por que então merecia um cinco?

Alguns outros alunos também revoltados foram reclamar junto a ele na diretoria, não obtiveram qualquer resposta. Somente um ‘vamos ver o que podemos fazer’. E de que adiantou o seu esforço? Por que se sujeitara àquela escola imunda? Desde o princípio dissera à mãe que não queria estudar lá. Por que as coisas tem de ser assim?”

Eu não aceito um cinco como nota, quando me esforcei para fazer a merda de um trabalho que teve prazo de menos de uma semana, enquanto outros que ficam badernando na sala e que deram CTRL+C/CTRL+V para fazer os seus trabalhos, só por manterem uma conversa com um caseiro hipócrita, tiram suas notas! Eu exijo os meus direitos e não vou descansar enquanto eu não tiver resposta!

Um comentário:

  1. Sheperd, estou abismada com a atitude de seu "professor"!! Continue lutando que você conseguirá!!

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