quinta-feira, 29 de julho de 2010

Olhar


When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven
I find my paradise
When you look me in the eyes (Jonas Brothers)



A falsidade esta sempre se mostrando mais forte entre vários círculos sociais. Mas, por mais que você tente esconder algo, uma coisa sempre pode te entregar, e não precisa ser muito observador para perceber : o olhar.
Ele não engana, ele não finge e ele não se esconde. Sempre que suas palavras tentam dizer algo que não é verdade, eles te contradizem, eles mostram que você não esta confortável em dizer isso, que te deixa triste falar daquele jeito, que esta feliz demais para falar algo assim. Não importa a situação, eles te entregam, e se você não for um excelente ator ou se o assunto não é tão importante pra você, vai ser difícil sair sem que ninguém perceba.
O olhar se apaixona e se entrega, o olhar admira e idolatra, se decepciona e se entristece, se emociona e se alegra. Ele te mede e não gosta da sua altura (entenda a metáfora como quiser), te critica e ainda aponta os argumentos, ou seja, expõe todos os sentimentos, bons ou ruins, que o coração esquece de dizer.
Alguém realmente já parou para pensar na magnitude do olhar? O que uma gota d'água é capaz de demonstrar? Que um sorriso falso se entrega se os olhos não o acompanham? E que só um, apenas um pequeno desses, dá início à incontáveis momentos e relacionamentos?
Coloque agora este belo olhar solitário de volta ao seu rosto e perceba que se ele ali não estivesse, o rosto, as emoções em si, também não estariam.
Ele começa as feições das pessoas e fazem um lindo conjunto com o sorriso, as bochechas, o nariz...Então por que gastar essa incrível união em algo fútil e falso? Em algo que não será aproveitado ou admirado?
Eu sei bem porque...Hoje em dia, com este mundo cheio de seres que não te querem bem, daqueles que esperam e assistem seu tropeço, se você não souber lidar com essa situação e se sair bem dela, a queda acontece, e usar bem suas emoções para driblar essas pessoas é um bom caminho.
Posso dar um conselho? (como se eu já não fizesse isso) Saiba o momento certo de usar seu olhar à seu favor para não usá-lo com pessoas que não o merecem, e saiba também deixar que ele te entregue se isso não for te derrubar, porque nesses momentos é que a pessoa que você é por dentro aparece, e, acredite quando eu digo, essa pessoa é linda.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Banalizações


Eu vou falar hoje sobre algo que realmente me revolta, que são as banalizações de dois fatos que influenciam muito em nossas vidas: amor e morte. Tão adversos, tão parecidos.
Comecemos pelo amor. Quando dizem que "eu te amo" virou "bom dia" não é de brincadeira! Ultimamente você diz "eu te amo" pra uma pessoa que você nunca viu na vida, uma frase que antes quando alguém dizia para uma pessoa que não fosse da família, era algo extremamente especial. Hoje é mais fácil dizer "eu te amo" para um qualquer do que para os seus próprios pais. Isso é inaceitável! Onde foi parar o romantismo? a vergonha? Os verdadeiros relacionamentos?
Eu realmente espero que as pessoas voltem a ser como era antes, onde "eu te amo" seja difícil de dizer, e quando for dito, valha a pena, dê prazer.
Bom mas eu acho que todo mundo pode falar de amor, por isso meu texto sobre foi breve. Passemos para o próximo assunto.
Morte. Hoje em dia é tão comum ouvir isso nos noticiários, não causa mais impacto em ninguém. Não pode ser comum! Estamos falando de uma vida, uma mãe solteira, um filho prodígio, um irmão-pai,um vagabundo...Não importa! Foi uma pessoa que morreu.
E cada vez as causas da morte são piores : ciúmes, vingança, prazer (doeu escrever essa palavra).
E o pior de tudo é ouvir "foi só mais um". Pra quem falou pode ter sido só mais um, mas pra alguém pode ter sido o único, pode ter perdido alguém que era tudo pra ela, a razão de sua alegria. Não foi algo comum porque mudou totalmente a vida de alguém, morrer pode não mexer só com a vida da vítima. E se essa pessoa tinha uma vida inteira pela frente e podia fazer diferença para o mundo? Se não fizesse, faria a diferença para o mundo de alguém pelo menos. Eu peço a quem ler este post que mudem totalmente suas atitudes para com todas as vítimas possíveis de cada assasinato (vítimas de morte física, vítimas de morte sentimental). Tenham compaixão pelas pessoas, entendam e tentem sentir o que aconteceu e depois digam algo.

O amor morreu...Isso faz toda a diferença.




Obs: Meus pêsames à Cissa Guimarães. Deve doer muito, mas com o amor a morte pode, não ser superada, mas ser melhor compreendida.


Obs2: Comentem algo por favor! Não aguento mais ter que advinhar o que vocês acharam.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Oi Drika Shefield...Tudo bom?


Eu estava pensando comigo mesma e parei pra pensar sobre isso (confuso não?), por que, em alguns ou na maioria dos momentos, falar com você mesmo parece ser a melhor alternativa? Porque você pode ser seu melhor conselheiro?

Eu falo comigo mesma, não sou a única e nem faço parte de um grupo seleto. Muitos fazem isso, é meio doido, meio estranho se você parar pra pensar, mas você já faz tanto isso que virou uma rotina. Confusão, felicidade, tristeza, ansiedade e todos os outros sentimentos servem para começar uma conversa consigo mesmo. Pode ser porque não tem ninguém ao seu lado, ou porque falar isso com outra pessoa pode ser constrangedor, ou simplesmente porque você gosta, mas você esta sempre comentando pro nada pra só você ouvir.
Por que? Minha teoria (e o meu motivo) é que em sua cabeça não tem ninguém que te compreenda melhor do que você mesmo, é a única pessoa para que algum assunto possa fazer sentido, é poder falar sem ser julgado, é poder responder às coisas que você guarda dentro do seu coração.
Esse auto-questionamento é o ponto de partida para vários pensamentos filosóficos, psicológicos e até mesmo idiotas, mas ele sempre começa algo.
E porque não dizer que escrever seja uma outra forma de falar sozinho? É só você, falando sobre algo, ninguém te ouve, pode até ler, mas não terá o mesmo constrangimento se não te falarem nada. Você não esta se expondo com olhares e falhas na voz, você pode mudar a linha de raciocínio e ninguém perceber. É você, falando pra você (sou eu, falando para John).
Não tem nada de errado, na verdade tem tudo de certo, faz bem, modifica o pensamento e pode ajudar várias outras pessoas. Você não esta louco, pode acreditar em mim. Como eu ouvi certa vez, com algumas modificações : "Quem nunca pensou nesse tipo de coisa, só prova que não pensa". Entenda o "esse tipo de coisa" como quiser. Naquela conversa foi sobre um assunto, mas pode muito bem ser qualquer outra coisa.

Se você fala sozinho (em inglês, cantando, etc.) fique feliz, isso só quer dizer que você pensa, e que acha que não tem ninguém melhor do que você. Inteligência e auto-estima...Isso é estranho?

domingo, 4 de julho de 2010

Just a little child


Bom, antes de começar esse meu texto, se você ainda não leu o post " o que você faz?" nem o "uma 'simples' conversa" sugiro que leia antes de prosseguir. Porque se você não costuma ler meus textos talvez não faça diferença nenhuma ler este. Mas aqui vem um pequeno resumo dos fatos:

No texto "uma 'simples' conversa", eu descrevi John como minha inspiração, meu oposto mais parecido comigo, o pseudônimo dos meus sentimentos, mas infelizmente invisível aos meus olhos.
Já o " o que você faz?" não tinha nenhuma relação comigo nem com ele, mas no fim eu o descrevi como pequena criança interior, que, pra quem não sabe, é uma pessoa que eu insisto em dizer em minhas reflexões. A parte inocente e pura das pessoas.

E agora vem o que eu realmente quero escrever. Era mais fácil eu deixar vocês lerem os outros! O resumo ficou confuso e eu perdi tempo! Estou perdendo mais tempo agora então vamos lá.







Depois de refletir sobre John eu tentei imaginá-lo, mas, se vocês também o tentaram, não eu não o vi como um homem, ou como um adolescente, nada disso. Eu imaginei uma criança, sem sexo definido, apenas uma criança. E mesmo que eu definisse se era ele ou ela, não faria diferença porque nessa idade onde ela se encontra, isso não importa. Eu imaginei ela sentada no chão, brincando com pequenos brinquedos ou até mesmo com a própria terra que lhe era dada. John não tinha nada de muito valor, mas ele ria e se divertia. Parecia a pessoa mais feliz do mundo quando pegava um punhado de terra e jogava pro alto. Ele olhava pra cima, fechava os olhos e a boca e deixava a terra cair em seu rosto e deixar manchas. A terra rolava pelo seu corpo e sujava sua roupa. A mãe dela nessas hora ficaria doida por ver a roupa, mas a felicidade de John afetaria a ela também. Eu imaginei um jardim repleto de flores e lá ia ela a correr, deixando o vento bater em seu rosto sujo de terra que depois secaria ao sol enquanto ela deitava na grama. Qualquer coisa naquele momento faria ele sorrir.
O que isso tem relação comigo? Eu certamente não posso ficar a vida inteira fazendo o mesmo, mas seria muito mais feliz se assim o fizesse. E digamos que todos ficariam. Essa é a minha criança interior, não tem nada, e ri de tudo. E quem me conhece percebe que as vezes o John aparece em mim. Estou lá parada, só com o chão a minha volta, e eu rio. Mas ai eu volto a mim mesma, essa pessoa que adora pensar e escrever aqui para refletir sobre os outros e sobre mim mesma. Eu adoro ser as duas pessoas, em momentos diferentes, ao mesmo tempo. E que burra eu era quando não gostava disso! Quando não entendia a verdadeira sensação de ser diferente e não se prender a uma pessoa só.
Todos temos um John dentro de nós. Chame ele como você quiser, mas ele está ali. No meu caso eu não acho que ele esteja dentro de mim. Ele está as vezes bem longe enquanto eu o procuro, as vezes ao meu lado quando eu não o quero. E bem a minha frente quando eu realmente preciso dele. E ai sim ele se incorpora à Adriana. Se com vocês é igual ou ele está simplesmente dentro de vocês esperando aparecer isso eu não sei.
E a parte em que vocês têm que refletir esta aqui: deixe a sua criança sair para brincar um pouco! Ou vocês preferem esse tédio em que vivem? Percebam como esta criança é feliz e brinque com ela!


Ela é invisível, não tem a mesma aparência que eu tenho (ainda bem! Seria monótono), ela não tem aparência, mas tem um sorriso...


...And it's just a little child.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que você faz?


"O que você faz quando
Ninguém te vê fazendo
Ou o que você queria fazer
Se ninguém pudesse te ver" (Quatro vezes você - Capital Inicial)


Eu admito que quis fazer um texto relacionado com essa música porque eu acho ela muito engraçada, mas também tenho que dizer que é possível refletir com esse trecho.
Quantas vezes você não esperou estar sozinho em algum lugar pra fazer algo que tem muita vontade? Esperou seus pais saírem pra ficar sozinho em casa, esperou as pessoas pararem de olhar pra você ou simplesmente se imaginou sozinho em algum lugar público?
Isso é comum a muitas pessoas, alterando, as vezes, o que seria feito. Temos os já comuns cantar alto e sair dançando como uma estrela do rock, ficar pelado(a) pela casa entre outras coisas proibidas. E quem, não digo desejar, mas nunca pensou/imaginou - se fazendo algo do gênero?. Por isso eu acho essa música tão incrível.
Mas a verdade é que muitas pessoas esperam estar sozinhas para realizar desejos malucos mas também para pensar/fazer/arquitetar algum segredo, ou qualquer outra coisa relacionada a ele. Porque tem sempre uma hora que você acha que mesmo sem dizer nada, alguém deve saber o que você esta pensando e sozinho você se sinta mais confortável. O nome disso pode ser culpa ou simplesmente mania de perseguição.
Depois de tanto dizer e nada concluir, digamos que estar solitário em algum lugar sempre leva as pessoas a atitudes que elas nunca fariam na frente dos outros, e essa momentânea sensação de liberdade é bem interessante aos seus olhos. Mas fazer loucuras modestas na frente dos outros pode dar uma sensação muito melhor. Seja louco e feliz na frente das pessoas e se dê ao luxo de ser muito mais louco sem elas por perto. Resumindo : Liberte-se, seja louco, solte aquela pequena criança interior (podemos chamá-la de John por enquanto?). Be happy!


Obs: No ultimo post eu quis simplesmente escrever, mas voltei a refletir nesse porque eu não quero fugir muito dos meus textos, do meu propósito nesse blog, mas se alguém gostou e quer que eu continue é só avisar.
Obs2: vou divulgar o blog da minha querida amiga http://esconderijos1.blogspot.com/ porque os textos dela são incríveis! Ela começou agora e já promete.
Obs3: Alguém ficou curioso pra saber porque eu chamei o John ( "pseudônimo dos meus sentimentos, meu oposto, mas nunca tão igual a mim") daquela pequena crinaça interior que já apareceu em vários textos meus? Acalme-se, essa história continua.