E ainda, não namoro

Pois é, pessoal. Minha quinta-feira não foi como eu esperava. Logo no começo do dia eu saí com o Paulo e batemos um papo, botamos o assunto em dia e almoçamos no Tolocos – restaurante mexicano. Foi divertido, conversamos sobre a vida, planos para o futuro e ele me contou como fora a sua viagem ao Rio de Janeiro, passou uma temporada na casa de alguns amigos. Tenho que dizer aqui que o Paulo, o Rodrigo e a Bia são os melhores amigos que eu poderia pedir a Deus. Eu os amo demais e não consigo cogitar como seria minha vida sem eles.

Logo depois de conversarmos fui encontrá-la, no metrô. Estação Consolação, meu coração estava apertado, sentia falta de ar e os meus olhos estavam ardendo – preciso de óculos urgentemente. Cheguei cerca de trinta minutos adiantado do horário marcado, nos nossos últimos encontros eu chegara atrasado e não queria cometer o mesmo erro.

Caminhamos um pouco, fomos comer algo, confesso que não me sentia com tanta fome e nem estava a fim de ocupar nossas bocas mastigando, queria dizer o que eu sinto e beijá-la.

Depois de um tempo, de debatermos certos temas aleatórios, ela tocou no assunto. Disse quais eram as implicações e as dificuldades de começarmos qualquer tipo de relacionamento. Então, ela disse que me amava, sim. Que os problemas eram a falta de tempo para começar algo e que também não era o momento para nós dois iniciarmos qualquer tipo de ligação mais íntima. Minha resposta viera, não me senti mal ou mesmo chateado. Já sabia dessa possibilidade.

Afinal, ela tem o seu doutorado para se concentrar, e eu sou apenas uma criança que está tentando entrar numa boa faculdade e não perder o estágio que pode significar o resto da minha vida e carreira profissional. Ainda mais sendo segundo semestre, pois é, estamos em boa hora para namorar, eu sei, nada demais para se preocupar e ainda ter que lidar com um namoro. Deus, como sou idiota!

Em todo o caso, fomos ao cinema, nos beijamos, foi ótimo mesmo não atingindo os patamares que gostaria. Se eu pudesse, eu voltaria no tempo, na época em que nos conhecemos e faria tudo diferente, tudo da maneira mais singela e adequada, mas como fui burro, talvez eu tenha perdido minha única chance. Como eu a amo, meu Deus!

Mas isso não irá estragar os meus bons momentos no cursinho é verídico, eu preciso me concentrar nos estudos agora. Obrigado pelas suas doces palavras. Quem sabe no próximo ano?

P.S.: Voltei a desenhar. Logo mais eu posto algo que eu tenha feito.