domingo, 28 de dezembro de 2008

“Peixe” Coelho


Deveras, vez ou outra eu encontro alguém que cita Paulo Coelho numa roda de discussão literária, seja falando bem ou falando mal, ele sempre se faz presente. Amigo de Raul e muito conhecido, Paulo Coelho vem conquistando muitos leitores e jovens escritores no Brasil e pelo mundo afora. Mas paro para me perguntar: Essa gente REALMENTE lê o que ele produz?

Não que eu seja exímio escritor ou mesmo que eu seja bom crítico literário, até porque eu gosto de muita coisa chula por ai, mas Paulo Coelho? Não me critiquem, então, por gostar do nosso pai Machado.

A primeira vez que entrei em contato com o “Peixe” Coelho - para quem não sabe o porquê de eu chamá-lo de peixe, leia Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, por Jô Soares -, foi quando uma amiga minha me disse que era excelente escritor e que estava viciada em seus livros, textos e músicas já escritas. Como não sou nem um pouco curioso e literatura nunca foi uma das minhas maiores paixões, fui logo buscando e-books na internet para poder avaliá-lo. E qual não foi minha surpresa? Pura charlatanice, textos copiados, histórias sem um bom contexto, fora também os erros gramaticais.

Mas hoje parei para pensar, se o “Peixe” move leitores, por que não dar a ele uma chance? Certo, colocá-lo junto aos imortais é, com toda certeza, demasiado exagero. Mas se ele consegue incentivar à leitura no Brasil, país culturalmente pobre em quesito informação e estudos, acho que podemos aceitá-lo como ponto de partida. Desde que d.P.C. (depois de Paulo Coelho) o jovem leitor procure evoluir seu gosto literário, passando por livros e obras cada vez mais ricas e gramaticalmente corretas.

Sei o que você deve estar pensando, quem sou eu nessa imensa blogosfera para dizer o que você deve ou não fazer, ler ou cultuar. Não estou dizendo para deixar de gostar de Paulo Coelho caso você goste, apenas digo, evolua, cresça.

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