segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Leia Desventuras em Série


Há alguns anos eu ouvi no rádio – porque dificilmente eu assisto à TV – sobre um filme que estreava nos cinemas, Desventuras em Série. O nome - como devem suspeitar – chamou minha atenção, mas mesmo assim não me locomoveu, por pensar que seria mais um dos longas-metragens comerciais hollywoodianos que apenas têm bom nome. Creio que este fato ocorreu por volta do fim de 2004, um dos meus melhores anos no colégio e o princípio da minha paixão por leitura devido a minha querida professora de Português, Ruth. Lia a série Vaga-Lume e os livros de Pedro Bandeira como Mariana, A Droga da Obediência e outros mais.

Este ano, por ventura ou desventura, assisti a um pequeno trailer do filme na rede TeleCine por causa da minha irmã. Vendo os atores Emily Browning, Meryl Streep e Jim Carey juntos com os seus devidos dubladores fizeram-me arrepiar naquele instante. Ainda assim não peguei o filme porque estava de saída com alguns amigos.

Depois vieram as idas á Livraria Cultura do Conjunto Nacional, aquela área separada com livros bem coloridos que todos conhecem como infanto-juvenil, que nunca entendi o porquê têm livros muito difíceis como José de Alencar. Naquele dia parei para reparar uma estante personalizada que fica junto a uma divisa das seções, e qual não foi minha surpresa? Em letras estilizadas e bem grandes via-se escrito Desventuras em Série.

Li a sinopse carregada de sarcasmo e ironia comentando sobre o triste fim dos Baudelaire, ou melhor, o Mau Começo como diz Lemony Snicket, pseudônimo de Daniel Handler para a coleção de livros. Comprei o primeiro livro e sequer parei para respirar entre pensamento e outro.

Nunca autor algum foi tão sarcástico com os infortúnios de crianças de 14, 12 anos e um bebê com pouco menos de um ano, a infelicidade dos três irmãos era imensa e sempre com um gostinho de quero mais a cada capítulo. Perseguições, roupas que pinicam, mingau frio no café da manhã e um vilão com apenas uma sobrancelha e uma tatuagem horrenda de olho em seu tornozelo branquelo. Mas o pior de tudo são os adultos que não vêem a evidência dos fatos e ignoram o que as crianças dizem, tornando assim cada luta por suas próprias vidas algo mais complicado e difícil de se enfrentar.

Violet, Klaus e Sunny Baudelaire são crianças inteligentíssimas e muito educadas que perderam seus pais num terrível incêndio e que agora devem ficar sob a guarda do maléfico Conde Olaf. No primeiro livro vemos como surge o ódio do vilão pelas crianças tendo como o único motivo para ter os jovens Baudelaire como seus filhos adotivos a sua fortuna deixada por seus pais. Porém Violet poderá apenas usufruir desses benefícios ao atingir a maioridade, o que força com que o Conde Olaf tome decisões drásticas para obtê-lo de forma suja que você irá descobrir se ler o livro.

Violet a mais velha dos irmãos é uma das maiores inventoras de sua época, ela inventa acessórios para ajudar os Baudelaire a fugir das garras de Olaf.

Klaus o irmão do meio é um garoto que adora ler – vejam só que curioso! -, ele consegue lembrar-se de todos os livros que já leu sendo que em sua antiga moradia seus pais tinham uma imensa biblioteca com livros de diversos assuntos interessantes.

Sunny que é apenas um bebê tem quatro dentes afiados em sua boca, ela costuma morder coisas muito duras.

O único problema da série é sua extensão que é de 13 livros, além dos paralelos que explicam melhor a história, e o custo pode se tornar algo exorbitante e que o faça desistir, porém, os três primeiros livros vêm num Box que barateia o custo da aquisição – quem me dera soubesse disso antes -, leia, porque vale à pena cada volume.

3 comentários:

  1. Oii Dri!Lembra, agente assistiu esse filme na 5ª série com a prof Sílvia de inglês, mas não assistimos até o final.....
    eu só não sei o fim, mas é muito legal =D
    by:Juh

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  2. Infelizmente não tive acesso aos livros ainda, porém quero tê-los junto comigo o mais rápido possível. É uma série que indico a todo mundo, pois é intensa, cativante e apesar de um anto fantasiosa, tudo o que ensina podemos aplicar em nosso cotidiano.

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