domingo, 4 de julho de 2010

Just a little child


Bom, antes de começar esse meu texto, se você ainda não leu o post " o que você faz?" nem o "uma 'simples' conversa" sugiro que leia antes de prosseguir. Porque se você não costuma ler meus textos talvez não faça diferença nenhuma ler este. Mas aqui vem um pequeno resumo dos fatos:

No texto "uma 'simples' conversa", eu descrevi John como minha inspiração, meu oposto mais parecido comigo, o pseudônimo dos meus sentimentos, mas infelizmente invisível aos meus olhos.
Já o " o que você faz?" não tinha nenhuma relação comigo nem com ele, mas no fim eu o descrevi como pequena criança interior, que, pra quem não sabe, é uma pessoa que eu insisto em dizer em minhas reflexões. A parte inocente e pura das pessoas.

E agora vem o que eu realmente quero escrever. Era mais fácil eu deixar vocês lerem os outros! O resumo ficou confuso e eu perdi tempo! Estou perdendo mais tempo agora então vamos lá.







Depois de refletir sobre John eu tentei imaginá-lo, mas, se vocês também o tentaram, não eu não o vi como um homem, ou como um adolescente, nada disso. Eu imaginei uma criança, sem sexo definido, apenas uma criança. E mesmo que eu definisse se era ele ou ela, não faria diferença porque nessa idade onde ela se encontra, isso não importa. Eu imaginei ela sentada no chão, brincando com pequenos brinquedos ou até mesmo com a própria terra que lhe era dada. John não tinha nada de muito valor, mas ele ria e se divertia. Parecia a pessoa mais feliz do mundo quando pegava um punhado de terra e jogava pro alto. Ele olhava pra cima, fechava os olhos e a boca e deixava a terra cair em seu rosto e deixar manchas. A terra rolava pelo seu corpo e sujava sua roupa. A mãe dela nessas hora ficaria doida por ver a roupa, mas a felicidade de John afetaria a ela também. Eu imaginei um jardim repleto de flores e lá ia ela a correr, deixando o vento bater em seu rosto sujo de terra que depois secaria ao sol enquanto ela deitava na grama. Qualquer coisa naquele momento faria ele sorrir.
O que isso tem relação comigo? Eu certamente não posso ficar a vida inteira fazendo o mesmo, mas seria muito mais feliz se assim o fizesse. E digamos que todos ficariam. Essa é a minha criança interior, não tem nada, e ri de tudo. E quem me conhece percebe que as vezes o John aparece em mim. Estou lá parada, só com o chão a minha volta, e eu rio. Mas ai eu volto a mim mesma, essa pessoa que adora pensar e escrever aqui para refletir sobre os outros e sobre mim mesma. Eu adoro ser as duas pessoas, em momentos diferentes, ao mesmo tempo. E que burra eu era quando não gostava disso! Quando não entendia a verdadeira sensação de ser diferente e não se prender a uma pessoa só.
Todos temos um John dentro de nós. Chame ele como você quiser, mas ele está ali. No meu caso eu não acho que ele esteja dentro de mim. Ele está as vezes bem longe enquanto eu o procuro, as vezes ao meu lado quando eu não o quero. E bem a minha frente quando eu realmente preciso dele. E ai sim ele se incorpora à Adriana. Se com vocês é igual ou ele está simplesmente dentro de vocês esperando aparecer isso eu não sei.
E a parte em que vocês têm que refletir esta aqui: deixe a sua criança sair para brincar um pouco! Ou vocês preferem esse tédio em que vivem? Percebam como esta criança é feliz e brinque com ela!


Ela é invisível, não tem a mesma aparência que eu tenho (ainda bem! Seria monótono), ela não tem aparência, mas tem um sorriso...


...And it's just a little child.

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