segunda-feira, 15 de junho de 2009

Felicidade


“Alguma vez você sentiu a felicidade tão próxima, como se você umedecesse seus lábios nela e os retirasse rapidamente para fazer com que cada momento fosse singular? A felicidade é algo particular, que adquire formas e tonalidades diferentes.

Ontem minha felicidade possuía um tom azul muito claro, a forma de um círculo, ao passo em que eu dava voltas e voltas nela, sem parar. Hoje ela transmutou-se num coração cor de sangue inacabado, cujas linhas que delimitam suas feições estão tortuosas e com um fragmento que delinqüi a sua ausência.

Peno em ver que adquiriu estes semblantes por não tratá-la com o cuidado que devia, o amor que a manteria e os sorrisos que merecia. Foi um momento breve, porém, intenso, que sucumbiu por causa de minha negligência.

Não cederei às desventuras que por males fixam-se em minha vereda. Teus lábios estão tão próximos, tento alcançá-los, e ainda assim não consigo”.

Ontem assisti um episódio de Grey’s Anatomy que me fez refletir sobre a felicidade. Quando vi a Izzie sôfrega por perder Denny e da mesma forma que esse sofrimento era intensificado pelo sentimento de culpa que ela propagava por “matá-lo”. Creio que esse foi o episódio mais triste que eu já assisti, perdendo somente para o episódio em que a mãe de Meredith recupera a lucidez. Lembrei-me do meu último relacionamento, cujo sucesso não foi obtido por motivos de ignorância, particularmente excessivos de minha pessoa.

A maioria das pessoas não valoriza o que possui de forma plena, deseja mais e mais sem nem mesmo agradecer por ter atingido o patamar em que se encontra. Os últimos dois anos me amadureceram de forma extraordinária. Agradeço o que tenho, porém, mantenho esse egoísmo, esse desejo, essa necessidade de amar-te novamente.

Perdoe-me, não consigo me controlar.

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